Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro.
Heródoto (485 a.C. – 425 a.C.) – Historiador grego.
O Natal é celebrado no dia 25 de dezembro e é uma festividade anual, que relembra o nascimento de Jesus Cristo, considerado o filho de Deus na crença cristã.
Essa celebração, acredita-se ter surgido entre os séculos III e IV. Além de festa religiosa, também é considerada um momento de fraternidade.
É bom lembrarmos que a Bíblia não informa sobre quando foi o nascimento de Jesus, por isso existe polêmica a respeito da data escolhida. Não se sabe quando Cristo nasceu, e é preciso saber o contexto existente na igreja cristã nos tempos dantanho, para entendermos a razão desse dia ter sido o escolhido.
O aniversário de Jesus Cristo não era festejado até o século II. Era época de muita proibição e os próprios patrísticos, entre os quais Orígenes de Alexandria, tinham total desprezo por comemorações relativas a nascimentos de divindades, pois se considerava ser atitude pagã.
A filosofia patrística (dos Santos Padres) foi produzida pelos primeiros pensadores cristãos, sem que tenham sido formulados sistemas completos da filosofia cristã. Esses primeiros padres da igreja se limitaram a elaborações parciais de alguns problemas apologéticos (a defesa da fé baseada em argumentos) e teológicos (teologia é o estudo da fé e das religiões). Santo Agostinho foi o principal adepto da maneira de pensar de a filosofia servir à teologia.
Clemente de Alexandria foi outro nome importante da patrística e ele deixou documentos sobre as diferentes datas propostas para o nascimento de Cristo, na época em que viveu (séculos II e III).
Segundo Clemente, vários teólogos e filósofos acreditavam que Ele teria vindo ao mundo em datas como 20 de maio, 21 de março, 15 de abril, 21 de abril, entre outras. Há referências de que Sextus Julius Africanus, um historiador romano do século III, foi quem escreveu que 25 de dezembro teria sido o dia de nascimento de Jesus. Mas, como acontece com muito da história contada, nem todos os estudiosos aceitam essa teoria.
As festas pagãs eram muito populares nos séculos III e IV. A teoria mais aceita é que houve uma reação da igreja contra as festividades pagãs e o dia 25 de dezembro se consolidou como data de nascimento de Cristo. Lembra o professor de história L. D. Neves que essa possível resposta da igreja a festividades pagãs só foi mencionada no século XII, o que levanta dúvidas sobre a veracidade daquela afirmação.
O professor lembra que a primeira dessas festas pagãs da época era a comemoração do aniversário do Sol Invencível, criada em 274 pelo imperador Aureliano. O deus persa Mitras, muito popular nos domínios romanos, também tinha comemoração de aniversário no mesmo período. Outra celebração era a Saturnália, em homenagem a Saturno, que acontecia durante o solstício de inverno, em torno do dia 21 de dezembro.
Seguindo a tradição da nossa página, para o vídeo desse Natal, escolhemos uma música bastante antiga, de autor desconhecido. O nome original, em francês, é Les anges dans nos campagnes que, em tradução livre é Os anjos nos nossos campos. Trata-se de uma conhecida canção da região do Languedoque, na França. A sua composição pode remontar ao século XVI.
Em inglês ela foi denominada Angels we have heard on high. Em português existem várias versões.
Vamos cantar juntos, ela é bastante fácil e a letra escolhida é curta.
Desejamos muitas felicidades a todas as pessoas, e a seus familiares, que nos tem acompanhado ao longo dos anos, lendo e criticando os nossos artigos, assistindo os nossos vídeos e cantando as músicas que temos gravado. Um Natal de muita paz e alegria e que o ano próximo traga paz à Terra, em especial nos lugares mais acometidos pela violência e pelas guerras.
Rosires Andrade
Em 23/12/2023.
Bibliografia
1. Neves LD. Por que comemoramos o Natal no dia 25 de dezembro? Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/amp/natal/por-que-comemoramos-natal-no-dia-25-dezembro.htm. Acessado em 22/12/2023.
2. Pessanha JAM. Vida e Obra. Em: Santo Agostinho – Os pensadores. São Paulo: Editora Nova Cultural, p. 11-12, ISBN 85-13-00848-6, 416 p,1999.
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